CRÔNICA ANTES DOS 31
Longe de diagnósticos, esta crônica é sobre quando alguém que amo muito e que muito me recorda sobre viver na liberdade de ser quem se é, me disse: - Você está parecendo uma garota de programa com essa roupa e parada na esquina dessa forma. - Ri. - É, ou uma trans. - Sorri. Tais qualidades reforçaram em mim aspectos de entender o quão feminina e selvagem, elegante e posturada eu deveria estar, naquele vestido. E para uma mulher de um metro e cinquenta muitas vezes vista primeiro em sua fragilidade ou mística - para logo então ser vista como fêmea, sexual e intrigante; ganhei o fim da madrugada. O pós festa na piscina. O amor da manhã, tudo naquela hora. Hoje, enquanto tomo uma xícara de café de domingo já com roupas confortáveis e unissex percebo o que há quase um ano entendi: dá pra ser feliz de novo. Free. Hoje a crônica é sobre amor-próprio, recolher a própria energia desprendida, se encontrar pra encontrar o outro inteiro também em si - com resoluções para problemas ainda na ponta ...