OS CALENDÁRIOS AO REDOR DO GLOBO

Confesso que foi uma surpresa daquelas de cair o queixo, quando me dei conta dos calendários existentes no mundo. No alto dos meus vinte e três anos, pensava que o mundo era uma outra coisa até que vi que na escola nunca me ensinaram sobre antropologia ou contagem de tempo.
Até ali eu vivia contando gregorianamente, inocentemente, e ignorando digamos que inteiramente o capitalismo.
Foi um boom de informação, porque no mesmo ano o meu pâncreas pararia de funcionar por setenta dias, e nesse processo de internalizar, externalizar, não comer, expurgar e novamente ser preenchida de novas e boas coisas que o tal chamado espiritual se fez bem presente.
Mergulhei de cabeça pra estudar a Lei do Tempo, o calendário lunar, o Tzolkin, o calendário da agricultura, os conhecimentos guaranis, mitologias ao redor do globo, e quem era esse Gregório que levava o ritmo do mundo no seu calendário "Gregoriano"?
Em pouco tempo a sincronização me retirou do 24/7 e da pancreatite, que era resultado de uma vida acelerada e corrida.
Também em pouco tempo, toda minha alimentação mudou: meu paladar não aceitava lácteos, carnes, industrializados, e eu era sempre levava a questionar a raiz das coisas.
Dava trabalho.
Lembro de nessa época compartilhar muitos cafés da manhã e aprendizados com dois amigos o Guilherme e a Jessica. E chegar sempre nessa conclusão que ser espiritual daria sempre trabalho mesmo.
Então, era mais fácil não ser.
Nunca foi uma opção pra mim.
Da pequena grande eu de dezesseis anos que fez acordos com seus mestres e guias, pro hoje, com essa bagagem do hoje, seria como olhar o meu caminho e não vê-lo como meu caminho.
E se assim fui codificada e programada, a romper estruturas a partir da palavra, cá estou eu.

Sempre fui uma criança que olhava muito pro céu. Lembro do meu pai apontar aviões ou estrelas e dizer "olha lá uma nave" como se realmente ele tivesse me apresentando essa possibilidade tão natural.
Não desenvolvi uma amizade duradoura com esse pai legal da minha memória, mas sinto que talvez ainda role.

Sempre me questionei o porque da gente estar dentro de vários corpos, numa dimensão com pouca tecnologia e informação, mas sabendo que tudo está disponível no éter para aqueles que por querer acessar ou merecimento, acessem (e essa parte ainda não ficou muito clara pra mim) 

Romper o ciclo destrutivo e adentrar o campo da ciclicidade espiral é reaprender a se relacionar com aqueles que ama, e com o mundo de maneira geral.

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