UM OLHAR BRASILEIRO DOS PROTESTOS VENEZUELANOS
Bombas, tiros, gás lacrimogêneo. Correntes de aço e cadeados que trancavam os portões dos condomínios para restringir a circulação de seus moradores. Racionamento de luz. Corte de água. Suspensão dos contratos de internet. Sinais de TV (aberta ou fechada). Essa é a realidade três dias após a minha chegada. No primeiro dia, de manhã cedo, na padaria mais próxima não havia pão. Me olhavam estranho porque eu usava chinelo e um casaco vermelho. Um tempo depois eu entendi. Pensei "se correr o bicho pega, se ficar o bicho come". Quando se é brasileiro, e vai pro exterior, muitas crenças limitantes são quebradas, logo dentro do avião. Sobre sua cidade, seus costumes, seu estado, seu idioma, sua cultura. Certo e errado. Quando se é latino americano sem perceber-se latino, muitas informações não são acessadas. Vinha do Rio de Janeiro nessa mesma semana. Se recordarmos um pouco os meses de Junho e Julho de 2013, um pouco antes da JMJ, podemos relembrar o quanto a cidade sorriso estava ...