23 DE MARZO - PARQUE NACIONAL SIERRA DE LA CULATA | Valle Muerto |


 Depois de exatos nove meses, um gestar sem escrever (por falta de tempo, e não de vontade) resolvi atualizar tudo que venho vivendo olhando novamente para essas fotos.
(agora já na minha casa do Brasil)
Mas os registros foram feitos ainda quando eu estava na Venezuela.
Esse dia foi marcado por uma linda e surpreendente caminhada - que virou escalada.

                                  Parque Nacional Sierra de la Culata
 
O dia mal tinha raiado e uns amigos me convidaram para conhecer uma montanha que tinha um visual incrível! Fomos num JEEP até onde se podia chegar e logo seguimos cruzando riachos e pulando pedrinhas pra chegar no posto de guarda "El Jarillo" que foi onde eu tirei essa foto.
No começo era um turismo tranquilo: fomos de carro, levamos água e passamos muito protetor solar.
Mas logo o turismo foi se transformando num desafio pessoal com a altitude a 3000 metros sob o nível do mar e umas escaladas que não estavam nos meus planos rs

Sou grata por cada pedacinho que vi e tenho tão vivo em minha memória. Cada parte de esta montañita, cada pedazo de este cielo azul. Tudo o que respirei, tudo o que vivi.
Eu acredito que visitamos lugares que já passamos antes e de certa maneira recolhemos nossos fractais de energia que ficaram "perdidos" ali.
Eu acredito que os que vieram antes e por aqui passaram deixaram seus rastros para que eu pudesse encontrar - ou ser encontrada.
Eu acredito que fotografo muitas coisas, e apenas depois enxergo o que de fato fotografei.
Eu acredito que visito lugares de natureza muito sagrada e profunda, que me transmitem seus ensinamentos antes, durante e principalmente após conhecer o lugar.


(isso é uma nave, certeza)
((vista da escalada íngrime sem equipamento para chegar ao cume))

Essa foto eu tirei ao me deparar com o que teríamos que subir #NINGUÉMEAVISOU!, e o quanto tudo estava ficando mais e mais incrível (e desafiador). Se eu gostava de aventura, a galera que me convidou era realmente louca - ou montanhista. E uma das amigas que estavam comigo, a Adriana Valero, me proibiu de postar a foto dela passando mal - para uma novata nas montanhas, sinto que comecei bem.
Após duas horinhas caminhando e subindo un poco más, a vista ficou assim:




Essa foi minha primeira caminhada forte, vi uma libélula, que foi minha primeira tatuagem ao chegar aqui - em conexão com um amigo querido que se mudou para o outro lado - e vi também muitos frailejones, vegetação típica andina, e senti como se tudo aquilo fosse um DEJAVÚ ou treinamento interno recheado de memórias e descobertas atemporais para o que estava por vir nos dias, ou anos seguintes.

Uma última foto da galera bacana que me levou pra conhecer a montanha!
E uma outra do visual super incrível.

 
 
Essa parte da montanha é conhecida como "Valle Muerto" 

 



E fim! Ou começo! Que os ventos universais me levem onde tenha que ir.
 Seguimos numa canoa, nos rios do infinito, colhendo bênçãos pelo caminho.
Até as próximas aventuras. Bjoks, Lais

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