ANÁLISE E BIOGRAFIA

Acabo de ler a Biografia de Aga Probala.

AGA PROBALA

Nasceu na Polônia e passou a sua infância dentro de um cinema, com o seu pai trabalhando como projetista e sua mãe como enfermeira. Desde os primeiros anos de sua vida, foi uma teimosa autodidata e uma devoradora onívora de livros, dobrando o sistema escolar (Polônia pós-comunista) às suas necessidades. Aos dezoito anos, mudou-se para a Alemanha para estudar moda e design gráfico na busca de uma criativa, mas também praticável vocação. Após um período de estágios na Bélgica e na França, acumulou experiência no setor da moda trabalhando para empresas italianas - apenas para descobrir que o seu mundo tinha de se estender para além dessa indústria.

Viajou então para o Brasil e encontrou seu novo chamado: o artesanato, a natureza e um lugar, que poderia chamar de seu habitat. O Tibá mudou sua maneira de viver e pensar. Ensinou-a a ouvir não apenas a consciência cultural e estética, mas também a nossa consciência social e ambiental. Ajudou-a a focar na experiência holística, questionamentos fortes e profundo comprometimento.

UMA OUTRA DE MIM Já que nasci no Brasil e passei minha infância dentro de uma igreja católica, mesmo com a descendência e ancestralidade indígena presentes, e meu pai trabalhando para a Ambev - tragicomicamente sofrendo de alcoolismo. Importante destacar que meu pai também já foi professor de karatê, militar, motorista, teve um AVC e hoje conta essas e mais históris no interior do Maranhão, por escolha e descanso. Minha mãe trabalhou até os 22 anos, quando se casou e engravidou de mim. Tornou-se mãe e do lar. Mas durante muito tempo foi psicóloga, enfermeira rs Desde os primeiros anos da minha vida, aos dois, pra ser mais precisa, comecei a falar. E conta minha mãe que por volta dessa idade eu recebi de alguma entidade ou amigo espiritual um "presente" .. e que este faria parte de mim, ou de minha personalidade, meus sonhos de materialização e realização pessoal e coletiva. Sempre fui uma teimosa, chorona (como boa canceriana) e autodidata, despertando aos nove anos a fala bilingue castellana. Aos doze conquistei o hábito da leitura, onde por herança de uma tia ainda viva que muito amo e com quem muito me pareço, aprendi que as palavras nos transformam e possuem o poder de nos transportar. Aos dezoito fui voluntária num evento internacional e logo após isso acabei me mudando para a Venezuela dobrando o sistema "socialista ditatorial" às minhas necessidades - e aprendendo em demasia ali. Já no último semestre da faculdade, ano 2017, me mudei para Bogotá, para finalizar a escrita do trabalho de conclusão de curso, curar o término de um relacionamento, na busca de um praticável e criativo viver. Ia e vinha pela fronteira terrestre. La mochilera andina.
Após um período dando aulas de idiomas, e fazendo estágios, acumulei experiência dentro de um sistema capitalista, e assim tracei minha carreira, apenas para descobrir que o meu mundo tinha de se estender para além dessa indústria.
Viajei então para dentro de mim, e encontrei meu novo chamado: o tempo-arte, a não necessidade da exposição, a loucura, a sanidade, a bioconstrução, a permacultura, a natureza e um lugar, que poderia chamar de meu habitat. Mudei e muito minha maneira de viver e pensar. Busco ensinar minhas células a ouvir não apenas a consciência cultural e estética, ou a voz interna, muitas vezes crítica, mas também a consciência social e ambiental. Durante os últimos anos foquei na experiência holística, questionamentos fortes e profundo comprometimento com o entender minha descendência e afirmar minha ancestralidade. Sabendo que estereótipos serão sempre estereótipos.
Que vida. Imperdível.
Tudo isso apenas com entrar no site do Instituto Tibá e retormar as aulas de Arte Visionária com a Talia Maçaira. O Tibá toca profundo no meu coração. O tempo me precisa. Ou eu preciso do tempo, de infundir energia naquilo que acredito. Naquilo que pulsa no meu coração.

Isso me traz a possibilidade, a curiosidade, a esperança.
E essas são boas palavras para se pensar e dizer.

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