REVISA COMO VÊS A TI MESMO

Tomei a manhã de domingo nublada no meu país Niteroi, para escrever.
Acabei lendo algo que se tornou meu título: revisa como vês a ti mesmo.

Existe um lugar de tanta tristeza que vira alegria. Eu não sei explicar como isso acontece. Mas acredito que tenha conexão com as polaridades e os buracos negros. Porque dentro da gente com certeza também tem um buraco negro sugando tudo. E me refiro a quando a gente se sente revirada de dentro pra fora e todas as sensações perpassam pelos seus mil chakras e seis sentidos corpóreos, sabe?

Tem um tipo de terapia onde você escreve uma carta pra você mesma, mas que ao escrever, o eu-lírico escreve como se fosse uma carta a uma amiga querida que você não vê a muito tempo.

Nessa revisão de como vejo a mim mesma, vejo como me relaciono com pessoas.
Nessa revisão de como vejo a mim mesma, vejo como os meus neurotransmissores e neuroreceptores estão atuando. Como meu sistema nervoso central está, a cada dia. Quais músicas escuto. Se pinto. Se danço. Se sorrio. Se interajo. Sou uma válvula de observação única a respeito de mim.

Hace un par de días, recebi críticas num lugar de muito cuidado, proteção e afeto. Talvez a primeira vez que um análogo a mim tenha me olhado e se preocupado com tanta profundidade. Me tocou ser cuidada.

Por estes mesmos dias me foi feito um convite, já por outra pessoa, a promover uma roda de conversa sobre o DIA INTERNACIONAL DA MULHER NEGRA, LATINO-AMERICANA E CARIBENHA, no dia vinte e cinco de julho, data instituída em 1992.

Sempre achei curioso os dados de censos nacionais de 2010, mencionados no documento “Mulheres afrodescendentes na América Latina e no Caribe”, publicado em 2018 pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e pelas Nações Unidas, registrarem que o Brasil é o país com a maior porcentagem de população afrodescendente na América Latina e no Caribe com um número de 50,9%. Para mais, visto que o censo é de 2010 e na maioria das vezes inconclusivo.

É seguido por Cuba (35,9%), Porto Rico (14,8%), Colômbia (10,5%), Panamá (8,8%), Costa Rica (7,8%) e Equador (7,2%). Os demais países têm porcentagens de população afrodescendente abaixo de 5%. O documento da Cepal destaca que a situação atual das mulheres afrodescendentes na região revela que ainda existem profundas desigualdades em relação a outros grupos sociais.

No Brasil não é ensinado para as meninas que elas são latino americanas, negras, e infinitas.
Falar sobre isso é falar também de Africa. Da nossa estória.
Dia vinte e cinco de julho também é dia nacional da Rainha Tereza. Do Quilombo Quariterê, no Mato Grosso. Tereza de Benguela, como é chamada. Tereza foi de escrava a rainha, liderando a si mesma, e logo, os seus.

Nos falta tempo, de estudo e assimilação. Reviso para publicar quase um mês depois, texto que foi escrito dias antes, e finalizado em vinte de dois de julho.

Nos falta ler e ouvir mais mulheres. As que vieram antes e as encarnadas, a nossa volta.
As jovens, e as anciãs.

Enquanto por aqui estiver, sigo fazendo humildemente a minha parte.











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