FLORESÇA ONDE ESTÁ PLANTADO

Conheça suas raízes, mas busque também fora, se mova, pois você é uma árvore que se movimenta.
Uma árvore bonita. Parafraseando Edson Gomes.

Hoje o café da manhã foi histórias dos meus familiares paternos contadas pela memória da minha mãe, do pouco que ela sabe e conhece da parte Piauiense que integra minhas células.
Passando, por que assim me proporcionou o meu pai militar, longe da herança de Nego Bispo, minha estória é uma encruza de holandeses, maçons, nordestinos, crioulos, indígenas, curandeiros, e mamelucos, trazendo a fervosura de Teresina e a resistência da Bahia, em meu sangue latino e (a)tabaqueiro.
Niterói, onde colido e encarno nos anos noventa, traz em sua memória territorial laços profundos de afeto com a terra. Eu, mulher preta de um metro e cinquenta, venho aprendendo as nuances de transitar, comunicar e traduzir, muitos mundos. Muita vida.
Eu sou realmente aquilo que descubro a respeito de mim. Pois quanto mais estudo, quanto mais me vejo, quanto mais me escuto e respeito, mais vou vivendo a verdade do propósito da minha alma. Atma.
E por isso nunca me sinto perdida. Om namah shivaya.

Aos sábados, fazer feira livre pra mim é parte do movimento seguinte, do florescer onde estou. 
De entender não os porquês, mas os encontros.

A cada produção de incenso semanal, conectar com cada uma das plantas, o processo de cada lua, a desidratação, observar o que vivo em presença, o transformar em algo novo. O tempo que cada uma das plantas levou em germinar, crescer, e chegar até o processo de ser fumaça.

Hoje é dia de Ibejis. E reflito sobre essa criança que fui.
Alegre pela adulta que me tornei.
Feliz dia, turismóloga.

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