CONTRACOLONIALISMO EM CONFLUENCIA
E o processo de ser evangelizada por Nego Bispo, novamente, através da professora Andreia, que viria a ser nossa paraninfa, dentro do curso de gestão em economia solidária?
No dia seguinte a este fato, logo pela manhã, uma amiga me convidou para trabalhar na virada de calendário gregoriano na cozinha do FESTIVAL TERRA AZUL - ESPIRAL DA UNIDADE, e cada maneira que planejava na minha cabeça do deslocamento até lá, ia compreendendo que se possível, chegaria lá, da melhor forma.
Muito curioso recordar que eu estava fazendo abdominais com um amigo lá na Praça do Lago de Canela há quatro anos atrás, quando meu ex marido se aproximou e começou a conversar com a gente, numa super tranquilidade. No final dessa conversa/treino ele sugeriu irmos fazer umas fotos, e curiosamente eu aceitei. Não fomos. Mas há inúmeras fotos incríveis que ele tirou e que deixarei em outro momento como registro, na série: "tudo aquilo que foi visto pelo seu olhar."
Aquilo que focamos expande, e sempre que focalizo essa energia pra registrar e escrever, algo em mim muda profundamente.
Ontem via e-mail, recebi o convite para ir ao ReveillOz - Aldeia Outro Mundo, e se havia acordado com baixa hormonal pensando histórica e antropologicamente como mulheres se moviam pouco; e como eu vim codificada disposta a ser uma mulher que se move, a resposta viria quase que imediata, era em dez dias um giro novo, hoje dia Sol Autoexistente Amarelo.
Quando falo ou escuto sobre contracolonialismo, e contracultura, confesso me falta um pouco o ar.
Penso que minha forma de existir nesse planeta é furando toda e qualquer bolha que insista em deixar visões turvas, embaçadas.
Não consigo visualizar vidas em privilégio, ou existir em busca de privilégios.
Minha busca, ou acredito, que aquilo em que invisto energia é parte de mim, um propósito tentante.
Me sinto grata por poder ter um novo ateliê de trabalho, ocupar esse espaço, zelar de alguma forma por ele. Grata por acordar com plenas funções do meu corpo, fumar meu baseado, estar em companhia da minha mãe - que nesse momento assa bolos na cozinha.
A vida em sua infinitude sabe ser bonita comigo. Ainda quando o meu olhar esteja reaprendendo a ver.
Esses dias foi tão bonito, dias de RAP, SLAM, JAZZ, cozinhar pra três eventos com muita vida, dentro de uma casa de cultura que impera a representatividade de tudo aquilo que a sociedade é e que eu, apartada por escolha em meio a mata, estive anos sem ser parte.
É como voltar a ter vinte anos, com a sabedoria de trinta.
"Ilumina como um sol, para semear e colher em tua própria auto-existência."
Comentários
Postar um comentário