FESTIVAL MUNDO SOL - ALDEIA OUTRO MUNDO
É infinitamente rica a oportunidade de visitar os festivais de cultura de paz pelo Brasil e verdadeiramente vivenciar na matéria o que a mente cria não como utopia, mas como alternativa distópica ao que a "humanidade" vêm fazendo coletivamente com o mundo.
Há alguns anos atrás adentrei esse portal chamado trance, mas de maneira geral acredito que a porta era eu, e ela dava acesso ao mundo de fora, à tudo aquilo que se cria no exterior, em contato com o outro - externo. Que psicólogos podem até discordar, mas nos afetam, e muito.
Os antigos nos mostram através de seu entendimento e sua forma de contar o tempo que nosso planetinha azul está passando por um momento de estabelecimento de locais-base onde a energia-manifesta pode operar tranquilamente e reestabelecer os pólos energéticos terrenos e intraterranos.
Eu já percebia e vivia isso de maneira direta desde dois mil e quatorze, quando com minha mochila nas costas percorria las calles de venezuela, fronteras y fronteras hasta Colombia. Chegava am povoados onde transitava dimensões. Tempo.
Já percebia isso quando em dois mil e dezeseis pisei pela primeira vez em Canela, no sul do Brasil e senti a energia de todos os cristais abaixo dos meus pés. Foi quando eu entendi o porque a cristaloterapia sempre me incomou tanto. Foi quando uma profunda compreensão de que as pedras não deveriam estar sendo retiradas do solo sagrado que pisamos - ou menos ainda vendidas, adentrou meu ser. E eu achava que era minha "parte-indígena", sinestesia, mas não se é parte, se é inteiro. Foi aí que eu percebi porque minha alma viajante, de ancestrais viajantes, miscigenados resistência, minha carne preta latina, mis cuerdas vocales, lo que soy, pulsava daquela forma. Foi no sul do meu país e no norte de um país que nessa encarnação não é o meu, que eu entendi da matéria que sou feita.
Foi recentemente, numa outra casa, não na casa da árvore, que o povo navajo falou. E é tão engraçado pensar hoje nos cherokees, nos algonquinos, nos iroqueses, em todas as outras raças e etnias e não ter pensado en los navajos.
Eu imaginava e estudava nas minhas pesquisas sempre e mais sobre o sul. Pensar sobre os nortes faz bastante sentido nesse agora.
A Aldeia Outro Mundo fica em Lagoinha, em São Paulo, e o Festival Mundo Sol, foi realizado nesse ano durantes os dias em que no ano passado o meu esposo passou por seu desencarne terreno.
E sem romantização, a produção da minha vida preparou o Mundo Sol para que eu pudesse viver em plenitude a felicidade e a liberdade, trazendo pra presença o SER, consagrando de medicinas muito especiais: a partilha com o outro, Ixcacao, tamborcito e a mãe música.
Ir e voltar, todo o trajeto inspirava e ensinava. Nossa motorista da rodada foi a Isa, massoterapeuta, que articulou semanas antes tudo do jeito mais agradável e econômico possível, pra essa trip das minas + o francês.
Lá ganhei sementes crioulas da floração fêmea sattiva forte do André, presente de dia das crianças, natal, páscoa .. e olha que a gente nem comemora essas datas rs
Eram dias de muita arte, música, psicodelia, organicidade, descanso e pausar.



"Essa aldeia tem segredos, dos meus ancestrais, na beira do mar."
Para grandes eventos, sem pensar duas vezes, organiza lá na Aldeia.
Sobre questões de redução de danos e lixo, acredito que o clã do sol possa fazer, junto com cada um de nós, muito mais.
Sobre meu sócio, parça, fiel escudeiro que durante esse ano me emprestou suas tintas e eu recolori minha vida. Te amo. Como é engraçado ser tão parecida com alguém. Kao kabecile.
Sobre a chuva que caiu firme mas não moiô, ou a barraca que tinha proteção astral hahahaha
Nos vemos novamente em TREZE dias, no fascinante ReveillOz.
è bão tá viva sabe, simbora
Comentários
Postar um comentário