O QUINTAL DA NOSSA CASA DA ÁRVORE - AIRBNB
Os anfitriões de experiências são moradores locais entusiasmados que podem fazer com que as pessoas se sintam em casa enquanto experimentam algo novo. Eles devem atender a esses padrões:
- Conhecimento especializado: ter habilidade, conhecimento ou experiência excepcional antrior naquilo que se está oferecendo aos convidados.
- Acesso: oferecer aos hóspedes algo que eles não poderiam fazer por conta própria.
- Conexão pessoal: proporcionar interações significativas entre todos.
Esses foram os requisitos quando decidimos entrar (ainda mais) para a comunidade local, e começar a receber nossos amigos (e viajantes) na nossa casa.
A casa da árvore foi um projeto pessoal do Alex, que generosamente me incluiu e sedeu boa parte de espaço e criatividade, para que ali eu também pudesse co-existir e assim, SER.
Ali passamos algumas noites em claro, outras assando marshmallows, outras ao redor do fogo, tomando chá, outras ainda pensando se teríamos um teto verde ou se uma espécie de glamping.
Foram muitas manhãs pensando no como fazer, no como me sentia.
A decisão nos abraçou como uma causa: a necessidade de sair de nossos casulos e proporcionar mais do que vivíamos, para assim aprender com o outro e crescermos ainda mais. Aos poucos o design foi tomando forma, e a cada lugar que passávamos encontrávamos inspiração de portas, janelas, fechaduras, e tudo o mais o que ainda queríamos criar.
O tipo de construção se moldava a todo o material que já possuímos, e a maior parte provinha de móveis demolidos, madeira de descarte, bioconstrução.
Ganhamos muitas telhas, e começamos a juntar garrafas de vidro e azulejos - para o que se tornará o vitral da cozinha e do banheiro seco.
Lembro que logo no início eu dizia "Amor, daqui a um ano essa agrofloresta vai estar incrível, e vamos estar compondo cestos de vime para a entrega de domingo."
E ele me olhava com um ar de "tomara" - lhe faltava ler um pouco mais de Ana Primavesi.
O bioma nativo era repleto de Araucárias, e nos Pampas, são bem marcados os campos verdes, e as estações do ano. Andando de longe, dá pra perceber o quanto somos cuidados com essas árvores ancestrais em todo nosso entorno.
Ontem limpamos pela primeira vez a horta, certos de que a chuva de domingo nos facilitaria o trabalho de transportar os residuos compostados nos ultimos meses ainda lá no apartamento (sim, trouxemos a composteira junto rs) para a terra carente de adubo e cuidado. Das primeiras mudas, saíram três de arruda, dois de alho-poró, e doze de araçá.
Heranças da Dona Suzana. Herdei uma plantação incrível de chuchus. Batatas. Chás. Potes de vidro para a despensa. E um profundo sentido do porquê estou aqui.
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